RISCOS E CATÁSTROFES:

(Exclusivos para Professores de Educação Pré-Escolar, Ensinos Básico (1.º, 2.º e 3.º Ciclos), Secundário e de Educação Especial, do Sistema de Ensino Português)
(Circular de Divulgação | Cartaz Geral)

Acreditação pelo CCPFC
Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua

Cursos de Formação de Atualização: Colóquios, congressos, simpósios, jornadas ou iniciativas congéneres

CFA 10: Risco de Movimentos em Vertentes

|  Carga horário: 12,5 horas   |   código CCPFC/ACC-117404/22   |
Grupos de Recrutamento: 230 – Matemática e Ciências da Natureza, 420 – Geografia, 510 Física e Química, 520 – Biologia e Geologia;
(Conta como horas de Formação Específica)

Conteúdos

Os riscos geomorfológicos englobam um conjunto diversificado de processos promovidos por agentes da geodinâmica externa e interna, principais responsáveis pela evolução da paisagem e das formas que caraterizam a superfície terrestre, por vezes com consequências negativas para as atividades humanas. De entre os diversos riscos geomorfológicos destacam-se os movimentos em vertentes, constituindo um dos riscos ditos naturais responsáveis por impactes graves sobre as atividades humanas e por milhares de mortes por todo o globo.

A investigação geomorfológica sobre movimentos em vertentes é fundamental para a avaliação do seu comportamento e dos fatores que estão envolvidos no seu desencadeamento, de forma a compreender a sua distribuição geográfica e cartografar esses processos, com o objetivo de identificar a sua dinâmica e prever, na medida do possível, futuras ocorrências.

Dado o seu caráter, por vezes, catastrófico e os impactes produzidos sobre a paisagem, no sistema geomorfológico e nas próprias atividades humanas ou infraestruturas, os movimentos em vertentes têm sido objeto de estudo de muitos investigadores em todo o mundo, de várias áreas científicas (desde geógrafos, geólogos, geomorfólogos, engenheiros, entre outros), com abordagens diferenciadas, procurando identificar e compreender os processos envolvidos, bem como estabelecer metodologias de diagnóstico e medidas de mitigação e de prevenção.

Objetivos

Este curso formação, destinado a Professores do Ensino Básico e Secundário, visa a discussão e divulgação das diferentes abordagens teórico-metodológicas sobre riscos geomorfológicos, e em particular ao risco de movimentos em vertentes, para a melhoria da gestão desse risco, contribuindo com políticas voltadas para a sua melhoria e mitigação. Objetivos a atingir:

• Discussão em torno dos processos responsáveis pela ocorrência dos movimentos em vertentes, e dos efeitos que estes causam sobre a sociedade;
• Conhecimento dos comportamentos de prevenção, promovendo a aquisição de hábitos de segurança, para à minimização do risco;
• Papel da Proteção Civil na preparação para os riscos de movimentos em vertentes;
• Resiliência, padrões culturais e gestão do risco;
• Transpor os conhecimentos técnico-científicos para contexto de sala de aula, com o intuito de sensibilizar para a redução dos riscos, através da percepção dos ” Risco de Movimentos em Vertentes – Aprender com o Passado”.

Formadores

Sessões

1. Conferência de abertura do XV Encontro Nacional de Riscos: “Os movimentos de vertente da madrugada do dia 31 de outubro de 1997 na ilha de S. Miguel, Açores: uma análise retrospetiva“, pelo Prof. Doutor João Luís Gaspar (04/11/2022, 1 hora)
2. Mesa Redonda “Memórias dos operacionais da intervenção na catástrofe 31 de outubro de 1997 na Ribeira Quente, Povoação – Açores” (04/11/2022, 1,45 horas)
3. Sessão de Posters (04/11/2022, 0,5 horas)
4. Sessão de Conferências Temáticas “Medidas estruturais e não estruturais que foram implementadas para prevenção e mitigação dos impactos e construção de um território mais resiliente” (04/11/2022, 1,5 horas)
5. Conferência de Encerramento do XV Encontro Nacional de Riscos: “Instabilidade de vertentes: tipologia e causas dos movimentos“, pelo Prof. Doutor José Luis Zêzere (04/11/2022, 1 hora)
6. Visita Técnica (05/11/2022, 6,75 horas):
   1. Visita à Freguesia da Ribeira Quente para observação do seu enquadramento geomorfológico e das diversas áreas afetadas pelos movimentos de vertente de 31 de outubro de 1997. Passagem por Vila Franca do Campo para observação da extensão dos movimentos de vertente gerados pelo sismo de 22 de outubro de 1522 (05/11/2022, 3,5 horas);
   2. Visita ao IVAR/CIVISA, na Universidade dos Açores em Ponta Delgada, para observação dos sistemas de monitorização e alerta de perigos geológicos e respetiva articulação com o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (05/11/2022, 3,15 horas).

Avaliação

Este curso realiza-se por avaliação contínua, tendo em conta as seguintes modalidades:

1. Assiduidade e participação nos vários momentos do curso de formação (1,5/10 valores);
2. Realização de “Relatório” sobre os conteúdos do curso de formação (8,5/10):
   • Utilização adequada de terminologia científica (4/10);
   • Capacidade crítica e argumentativa (3/10);
   • Organização e estética (1,5/10)